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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Antenado: Crônica traça um paralelo entre Relacionamentos e Tecnologia

Em Neon: quinta-feira, 21 de agosto de 2014



Depois do Texto "Relacionamento x Excesso de Opção", andei pensando mais profundamente sobre isso e resolvi escrever sobre...

"RELACIONAMENTOS x TECNOLOGIA"...

Hoje em dia, as ferramentas tecnológicas são diversas. Porém, creio que os grandes vilões para as relações afetivas são, sem dúvidas, o Facebook e o Whatsapp, não necessariamente nesta ordem. Quem nunca ouviu aquela máxima de que "em tempos de Whatsapp, ligação é prova de amor"? Meu Deus, então eu vivo dando provas de amor, porque ainda ligo para as pessoas!!!

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Cada vez mais, as pessoas estão conectadas! A ligação telefônica está perdendo espaço sim e isso é um caminho natural da evolução. Pensa comigo: quando as pessoas pararam de trocar cartas escritas por ligações, por acaso o amor acabou??? Não mesmo, foi apenas uma transição, fruto da evolução! A mensagem de voz do Whatsapp (a partir daqui também chamarei de "zapzap") pelo menos, ainda dá aquele gostinho de ouvir a voz, tem um "q" de "retrô", por parecer com a conversa telefônica. Claro que o tempo que a pessoa leva pra responder, você não vai ficar com o telefone no ouvido esperando, né? Risos.

Na verdade eu acho que as pessoas tem seus relacionamentos abalados pela tecnologia SIM, pois ao ponto em que ela "aproxima" as pessoas, verdadeiramente acaba é afastando. Dois pontos primordiais: - Você fala com tanta gente e marca tantas coisas (fator de aproximação) que acaba deixando os demais amigos, muitas vezes os mais importantes, de lado (fator de afastamento). Isso, óbvio, porque você é um só!!! - Você vê muita coisa sobre a vida da pessoa. Alguns postam tudo de sua rotina, quando vão malhar, o que comeram, para aonde irão sair. Dá uma sensação de saber mais da vida alheia, do que era possível antes e isso pode "satisfazer" a sua cota de necessidade de estar com as pessoas presencialmente! Já tinha pensado nisso???

Voltando ao "começo": antigamente os casais tinham apenas o telefone para se comunicar. Demonstrações de afeto, não presenciais, eram através de cartões, cartinhas, etc. Quem nunca guardou cartas de paqueras da infância, adolescência, etc? De ex namoradas(os) então? Porém, hoje em dia, quase ninguém mais compra cartão! O papel está ultrapassado, hoje é tudo digital! Fico pensando como é que são as coisas na escola. Antigamente a molecada fazia bolinha de papel pra tacar no amigo ou no professor. Hoje em dia, taca o que??? O celular???

O avanço tecnológico, obviamente, traz o excesso de opção. Os mais românticos acham que "acabou o amor", que falta "humanidade"... pára, não é nada disso! Todos tem sentimentos, talvez confusos, mas tem! E atenção: quem não aprender a se adaptar à tecnologia, vai ficar pra trás! Neste século, sobrevive quem se adapta, quem muda, quem adere e sai na frente. Minha mãe tem Whatsapp, não preciso dizer mais nada! Ela tira fotos e me manda em tempo real... Risos.

Quando a internet me alcançou, lá por volta de 1997, com 20 anos de idade, fiquei "tarado" pela novidade. Bate papo da UOL, ICQ e mais a frente, sites de "relacionamento". Meu Deus!!!!!!!!!!!!!!! Que sensacional! Não precisava mais ficar horas numa festinha azarando a menina, trocando olhares. Numa só noite, podia falar com 10 meninas ao mesmo tempo... quiça mais. "Varava" as noites... e quando você encontrava a pessoa, já tinha uma certa atração pelo que ela era! A novidade era tamanha que empolgava! Era uma revolução, mas ainda era só o começo... "pior" estava por vir!!!

Logo veio o Orkut. Ah! Saudoso Orkut... paralelamente o MSN. Gente, pensa só: como eu teria amigos em outras cidades, sem ter ido até as mesmas? Hoje pode-se ter amigos em qualquer lugar! Ponto para a tecnologia!!! Mas aqui começaram os problemas para os relacionamentos... de todos os tipos! Redes Sociais e Mensageiros Instantâneos, demandam o uso de uma senha pessoal! Xi... aqui mora o perigo. Protegidos por tamanho "escudo" (leia-se: senha), as pessoas, que antes eram muito mais fiéis (ou pelo menos tinham menos recursos para trair), agora tinham infinitas possibilidades... opções começavam a jorrar por aí! Mas calma... aqui começou o problema de excesso de opção, mas se engana quem pensa que foi aqui que o problema atingiu as relações com força. Nãooooo! Ainda não haviam chegado os "Smartphones"!!! Aí, meu amigo, é que "lascou" de vez...

Enquanto as pessoas acessavam seus novos recursos de sua casa, a "piora" ainda não era tão evidente. Mas no momento em que o Facebook e seu bate-papo, com várias ferramentas "interativas", tais quais "cutucar" e outras mais, passaram a acompanhar as pessoas em todos os lugares que elas iam, "escafedeu-se", como dizia minha avó. Aqui, toda e qualquer forma de relacionamento sofreu abalos. Xiiiiiiiiiiiiiiii...

Basta pensar que numa reunião de amigos, em uma mesa de bar, sempre haverá uma boa parte dos mesmos, interagindo só com o celular. É "zapzap" pra lá, "tinder" pra cá, olhadinha no "Face", publicar um selfie no "Insta", responder uma perguntinha no "perguntados"... e o olho no olho, a cumplicidade, a curtição "mano a mano" se esvai entre os dedos...

Isso ocorre nas famílias também! Pode ser um simples jantar em família ou em plena ceia de Natal! Sempre vai ter alguém "zapzapeando" na mesa!!! Fora que as famílias mal sentam mais à mesa pra comerem juntas!!!


E, finalmente, atinge os casais. E como atinge... é "tiro, porrada e bomba"... Há pouco mais de 1 ano atrás, se um dos dois estivesse inseguro dentro de uma relação, ia adorar saber a senha do email ou até mesmo do Face do(a) parceiro(a). Agora tá pior, pois dizem que quem vê o Whatsapp do(a) parceiro(a) enlouquece! Risos. Um exagero, talvez... mas...

Isso é péssimo, senhoras e senhores. Estamos nos transformando numa geração única, perdida em meio a tanta informação! Pode ser cinquentão, quarentão, trintão, vintão, não importa não. Tá tudo perdidão! Bando de bobões, se achando os espertalhões, muitos solteirões em relacionamentos falidões. Poucos são os bons.

Simmmm... tá uma zona generalizada. Minha humilde opinião: a "tchurma" dos 20' dificilmente consegue sequer engatar uma relação bacana. Eles não viveram isso, não sabem como é... 3 meses com uma pessoa e já acham que é tempo demais, uma vida! Não tem culpa de serem imediatistas, de querer tudo pra ontem... não pegaram a internet discada, aonde você ficava com a bunda sentada ouvindo o barulhinho do modem tentando se conectar... isso é pros de 30' em diante! Porém, nesta "pressa", perde-se a essência da conquista! Nós de 30' nos "demos bem". Vivemos os dois lados da moeda. Mas se engana quem pensa que somos mais pacientes. Pois rapidamente acostumamos com o que é bom e hoje quando meu iPhone demora um segundo pra abrir o zapzap, eu já fico louco!!! E nós, que vivemos relações mais estáveis, que podíamos servir de exemplo pros de 20', fazemos tudo tão errado quanto. Aqui ainda há exceção... mas é tanta opção... Os de 40' enquanto inseridos numa relação, vão bem, mas quando se encontram fora de uma, ficam tão perdidos quanto e com sensação de não entender o "modus operandi" desta geração. Os de 50', já estão levando tudo menos a sério, não "mergulham" tanto nesta modernidade, assim como os de 60'. E por aí vai...e neste ritmo, o que será do futuro das crianças???


A insegurança que o excesso de opção causa dentro das relações, é imenso! Quantas mulheres não queriam ser uma mosca para ver o que se passa no zapzap do namorado/marido??? Levanta a mão aí... mas calma, levanta uma só pra continuar a digitar no zapzap com a outra! Risos. Na boa??? Neste quesito, infidelidade, eu penso o seguinte: Não é o zapzap que vai fazer sua(seu) parceira(o) te trair... é o caráter dela(e). É igual se preocupar com o marido que chega tarde em casa! Acredite: 90% das traições, acontecem na hora do almoço, quando os motéis ficam cheios de amantes (ou você acredita que um casal normal vai ao motel às 13h, numa terça???). Entenda: Traição é uma escolha, não um erro. Não é causada pela tecnologia, mas sim decidida e talvez até facilitada pela mesma, mas já existe esta "semente" dentro da pessoa.

Mas quando o caráter é firme, a tecnologia atrapalha tanto assim? Temos que nos adaptar. Bom senso ajuda. Você não precisa ter a senha da pessoa amada, mas ela também não precisa usar o celular escondido, pois quem não deve, não teme. Proteger-se da "Invasão de privacidade" não pode ser algo usado como desculpa pra ser sacana! Pra que ficar com alguém, se está de olho no "cardápio"? Se não sente, não mente. Mas tem gente, que se gosta tão pouco, que não consegue ficar só. Faz um "escalonamento relacional", se "encostando" "aqui" enquanto não se "encosta" "ali". Usa as pessoas. E a tecnologia tem culpa??? Bem, ela, neste caso, só serviu como "arma" na mão de quem já, desde que decidiu quem é, não tem decência para com os outros!

Pra finalizar, vejo soluções "simples e básicas".
- Está com os amigos. Guarda o celular. Vale responder no "zapzap"? Ok... pessoas como sua mãe ou seu amor... já os outros amigos você deixa pra outra hora, pois escolheu estar com aqueles ali, agora. Foco!
- Está em família? Desculpe, não quero fazer drama, mas imagine quando você perder um de seus pais, o quanto você pagaria para trocar todas as horas que deixou de curtir com o(a) seu(sua) velho(a) para ter a chance de mais alguns minutos com o(a) mesmo(a)???
- Está com a pessoa amada? Porra, na boa... tá no sofá de bobeira, ok, vale uma olhada no "zap". Tá no restaurante ou cinema? Deixa o "zap" quieto, olha só se for importante. Tá lá naquela hora, dando uma "namorada"??? Desculpa, mas se neste momento, a pessoa que está contigo, se preocupar com o "zap", pula fora, pois seu relacionamento não perdeu pra tecnologia, perdeu foi o rumo...

Tem tempo pra tudo. Dá pra se organizar! Basta começar! E seja rápido, sabe por que??? Já, já novas inovações tecnológicas irão te alcançar. Você quer ser "atropelado" por elas? Ou quer se adaptar???
E viva a tecnologia bem utilizada!!!

Fotos: Getty Images (Reprodução)

Por: Rodrigo Castanheira

Rodrigo intitula-se um escritor amador (cria textos desde Abril/2012). Adora viajar e não abre mão de um chopp gelado e uma boa "resenha" (bate-papo) com os amigos no final de semana. Cinéfilo assumido, viciado em seriados, adora ler e é um grande observador da natureza humana. Extremamente comunicativo, diz que seu dom é entender as pessoas, é "ler" o ser humano. É esta leitura que lhe propicia escrever facilmente.

 
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