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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

A Última Sessão de Freud chega ao Teatro Adolpho Bloch após ser assistido por mais de 100 mil pessoas

Em Neon: segunda-feira, 23 de setembro de 2024


Dirigido por Elias Andreato e estrelado por Odilon Wagner (indicado ao Prêmio Shell e Prêmio APCA  e Prêmio Bibi Ferreira por este trabalho) e Marcello Airoldi, o espetáculo narra um encontro entre o  pai da Psicanálise e o escritor C.S. Lewis

A Última Sessão de Freud, o maior sucesso do teatro brasileiro desde 2022, dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain já foi vista por mais de 100 mil pessoas. O espetáculo chega ao Teatro Adolpho Bloch para uma temporada de 27 de setembro a 20 de outubro de 2024.

A trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner - o pai da psicanálise, e  o escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis (Marcello Airoldi), dois intelectuais que influenciaram o  pensamento científico filosófico da sociedade do século 20. 

Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado  professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem,  de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus. O texto de Mark St. Germain é  baseado no livro Deus em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. - professor clínico de  psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender por que um ex-ateu, um brilhante  intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira  insidiosa” - tornando-se um cristão convicto. 

No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal  se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações  humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de  ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa  conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos  confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos. 

O cenário assinado por Fábio Namatame (indicado ao Prêmio Shell melhor cenário) reproduz o  consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra  depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de  1939.  

Em uma entrevista sobre o espetáculo, o autor comenta: “A peça mostra um embate de ideias. Isso é  uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem  da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear  Londres a qualquer minuto”.  


O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de  modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem. 

“O Teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta  na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força  de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um  cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é a realização para  qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral  de Mark St. Germain: A Última Sessão de Freud. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez  seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o Teatro. A  minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, comenta o diretor. 

Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante: “Para um ator ter a oportunidade  de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um  privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses  estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de  vida desse grande gênio do século 20”, revela. 

Serviço:

Teatro Adolpho Bloch - R. do Russel, 804 - Glória

A Última Sessão de Freud

27 de setembro a 20 de outubro

Sexta e sábado: 20h

Sábado e Domingo: 17h

Valor: entre R$21,00 e R$140,00

 
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